Catarina Reimão
Carlos Moore, referência internacional no debate sobre pan-africanismo e emancipação negra, lança nesta quarta-feira (2), no Espaço Cultural da Barroquinha, sua autobiografia. Pichón: a Minha Vida e a Revolução Cubana é uma obra de importância histórica, que traz relatos de momentos decisivos de grandes conflitos mundiais, como a Guerra Fria. Além de retratar sua vivência com grandes personalidades da luta pelos direitos do negro, como Malcom X, Abdias Nascimento, Aimé Cesáire, Lélia Gonzalez, Fela Kuti, Cheikh Anta Diop, Alex Hayley.
Com prefácio da escritora afro-americana, Maya Angelou, o livro trata da experiência pessoal de Moore com a animalização do fenótipo e da cultura negra.
O cubano, radicado há 15 anos no Brasil, sempre sofreu preconceito por carregar um sobrenome estrangeiro mesmo em um país tão negro como Cuba. O apelido pejorativo pelo qual era chamado na sua infância, que nomeia a obra – Pichón – significa urubu.
O evento tem em sua programação um momento dedicado ao debate sobre as questões afro. Os convidados são Samuel Vida, professor doutor da Faculdade de Direito da Ufba, e Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
SERVIÇO
LANÇAMENTO DE PICHÓN: A MINHA VIDA E A REVOLUÇÃO CUBANA + PALESTRA DE CARLOS MOORE, LUIZA BAIRROS E SAMUEL VIDA / 02 DE SEMTEMBRO/ 18H/ ESPAÇO CULTURAL DA BARROQUINHA / GRATUITO