A primeira ação do projeto foi a realização de cine club para crianças acolhidas pela Organização de Auxílio Fraterno
Cine Ação é um projeto idealizado pela estudante de Comunicação Social com habilitação em Produção Cultural, Ana Paula Trindade, e faz parte do seu trabalho de conclusão de curso. Por meio do projeto, foram promovidas sessões de cinema para crianças acolhidas pela Organização de Auxílio Frateno (OAF) e atividades de reflexão sobre o filme exibido.
A primeira exibição contou com o filme Wall-e e aconteceu na última terça-feira (25/07), na sala Alexandre Robatto, em duas sessões. Após a exibição do filme aconteceu uma discussão com as crianças sobre a temática da sustentabilidade, ponto central abordado no filme.
A produtora encara esse primeiro cine clube, voltado para o público infantil, como um projeto piloto de algo que ela certamente pretende realizar mais algumas vezes. Paula explica que a escolha pelo público se deu pela baixa quantidade de projetos culturais voltados para crianças e adolescentes.
Ela acredita que o filme é uma forma mais lúdica de passar o conteúdo para as crianças. Além disso, a estudante defende “Dizem que as pessoas não têm costume de consumir cinema nem teatro, mas eu acredito que se incentivamos as pessoas desde a infância, podemos mudar essa realidade”.
Além das exibições de filmes com debate, o projeto ira promover a criação de uma horta-pet na AOF. O intuito de incentivar as crianças a cuidar do planeta e plantar para seu próprio consumo. “O cineclube por si só, pra mim não teria efeito”, afirma a produtora.
Paula afirma que nas próximas edições o objetivo continuará sendo buscar temáticas parecidas em filmes e promover atividades que façam as crianças envolvidas entenderem também na prática o que foi passado nas telonas de cinema.
Apesar de não receber nenhum tipo de apoio financeiro, a estudante declara que a plataforma colaborativa, Rede Logos a ajudou bastante. “Com a Rede Logos eu consegui me conectar com o designer João Lucas que cuidou da identidade visual do meu projeto, com a produtora Raylana Santos e o geógrafo Oscar Romero que me auxiliaram nas exibições e na condução da roda de conversa com as crianças”.
A maior dificuldade encontrada pela produtora foi conseguir encontrar uma instituição que a ouvisse e abraçasse seu projeto. Ela relata que inicialmente havia começado com a ideia de um cine clube em escolas públicas, mas desistiu já que nenhuma das escolas contatadas pareciam se interessar, foi só muito tempo depois que ela conseguiu uma reunião com a Organização de Auxílio Fraterno.