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Projeto da Escola Politécnica garante a estudantes aprendizados sobre engenharia de aeronaves

Por Glenda Dantas.

O Axé Fly Aerodesign atua desde 2012 na produção de aeronaves cargueiras radio-controladas.  A equipe é composta por alunos graduandos das Engenharias Mecânica e Elétrica.  

A Equipe Axé Fly Aerodesign atua na projeção, dimensionamento e construção de uma aeronave cargueira radio-controlada. O objetivo  é oferecer aos estudantes a oportunidade de vivenciar um projeto de engenharia, desde as etapas conceituais até a manufatura e testes das aeronaves, além de possibilitar os estudos e a experiência prática na área da engenharia aeronáutica.

A equipe participa, todos os anos, da competição SAE Brasil de Aerodesign, que acontece em São Paulo, na cidade de São José dos Campos. Na competição, as aeronaves são testadas quanto à capacidade de levantar carga, competindo com cerca de 60 equipes universitárias do país. Os projetos são avaliados por engenheiros da Embraer, conglomerado transnacional brasileiro que fabrica aviões comerciais.

Para o projeto, são utilizados softwares de modelagem (CAD) e simulações (CAE) especializados em projetos aeronáuticos e aeroespaciais. Durante as etapas, a equipe lida com situações que permitem experimentar o dia a dia de grandes equipes de engenharia, considerando também, questões administrativas, planejamento e desenvolvimento de estratégias de marketing, gerenciando simultaneamente o desenvolvimento e construção da aeronave, que é divido em: Projeto, Aerodinâmica, Estabilidade e controle, Cargas e Aeroelasticidade, Estruturas e Ensaios Estruturais, Desempenho e Projeto elétrico.

axé fly

Apesar dos resultados satisfatórios, comprovados pelo fato de a equipe estar entre as 10 melhores da competição SAE, o estudante do curso de Engenharia Elétrica e membro da equipe do Axé Fly Vitor Azoubel  afirma que “não existe uma estrutura de laboratório dedicada à engenharia aeronáutica na Politécnica”. Além  disso, segundo ele, também não há apoio de professores da área de aeronáutica. “Acaba que a gente tem que aprender tudo do zero e sozinhos”, reclama. O projeto possui, atualmente, 12 bolsas, mas a busca de alunos com interesse em participar do projeto é superior a esta demanda.

No entanto, a equipe conta com apoio de empresas privadas que contribuem com o projeto de variadas formas. “Tem empresas que ajudam financeiramente, outras com licenças de softwares, materiais ou serviços. Não restringimos o tipo de apoio e normalmente é algo que seja benéfico para ambos os lados”, explica a equipe. Em troca, eles fazem divulgação das marcas em todas as competições que participam.

Além da competição, a equipe participa também de eventos. Recentemente, na Campus Party Salvador, a Axé Fly expôs o projeto de 2016. Para Bruno Menezes, estudante de Engenharia Mecânica membro da equipe há quase quatro anos, a participação no evento “foi uma excelente oportunidade para dar visibilidade à equipe e mostrar à sociedade o que é feito dentro da UFBA em um evento de destaque nacional”.

Equipe do Projeto / Fonte: Reprodução Facebook
Equipe do Projeto / Fonte: Reprodução Facebook

História – A Axé Fly é fruto do projeto Aero UFBA, iniciativa de alunos e professores da Escola Politécnica, e nasceu por volta do ano 2001 como equipe Orugan. Mas foi interrompido por cerca de 10 anos e reativado e fortalecido em 2012 como Axé Fly. A equipe é composta por alunos graduandos das Engenharias Mecânica e Elétrica.  

Atualmente, os membros da equipe são Álvaro Assis de Souza, Bruno Nascimento Menezes, Daniel Queiroz Farias, David Passos de Azevedo, Marcos Rodriguez da Silva, Matheus Pestana Silva e Pedro Giallorenzo Meirelles do curso de Engenharia Mecânica e Gisele Rodriguez Da Silva e Vitor Argiles Azoubel  do curso de Engenharia Elétrica. A equipe é coordenada pela professora de Engenharia Mecânica, Aline Silva e Leonardo Vasconcellos, professor de Engenharia Elétrica.

 

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